MPT posiciona-se contra toda forma de criminalização das greves

O Ministério Público do Trabalho (MPT), através da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), decidiu se manifestar em favor da defesa dos direitos inerentes à greve, posicionando-se contrário a todas as formas restritivas do exercício regular deste direito fundamental, aí incluídas as condutas antissindicais e a criminalização do movimento.

Tudo isso após o vice-Coordenador e procurador regional do trabalho no Ceará, Gérson Marques, ter participado de um ato em Defesa do Direito de Greve, promovido pela central sindical Conlutas e outras entidades de trabalhadores, no último dia 25 de junho, na Universidade Estadual de São Paulo (USP). Também participou do evento, o professor associado da Faculdade de Direito da USP, Jorge Souto Maior.

No Brasil crescem as ações policiais e as medidas judiciais contra as mobilizações, as greves e as manifestações dos trabalhadores. “O aparato repressivo do Estado espanca ativistas em greve, prende, tortura e muitas vezes mata lideranças do campo e dos movimentos sociais urbanos”, comenta a Central Sindical em nota publicada em sua página eletrônica.

 A Justiça julga greves ilegais e abusivas. Além disso, impõe os interditos proibitórios, que são ações judiciais utilizadas por empresas para inviabilizar os movimentos grevistas e as próprias entidades sindicais, por meio de multas vultosas a essas entidades.  Assim acabam prejudicando e muitas vezes impedindo o direito à greve, garantido na Constituição Federal de 1988.

 Para a Conlutas, “no campo, sua função é evitar as ocupações de terras sob a alegação de que o direito de posse ou de propriedade está sendo ameaçado”. E completa: “Desta forma determina-se a reintegração de posse aos latifundiários contra as ocupações pela reforma agrária e decreta-se a prisão e a condenação de lideranças dos sem terra. Não raro, esses confrontos resultam em mortes de trabalhadores, essas, porém, ficam impunes. O mesmo acontece com as ocupações na cidade, as ocupações urbanas”.

 Diante de tal situação, o MPT através da Conalis entendeu que é necessário apoiar a campanha promovida pelas entidades sindicais em defesa do direito constitucional de realizar greve e contra a criminalização dos grevistas que vem acontecendo em todo o país. ”Crime é punir os que lutam pelo justo direito à alimentação, à moradia, à terra, ao trabalho, aos salários e aos direitos sociais e trabalhistas” diz a nota da Conlutas em seu site.

Imprimir

Audiência no MPT encerra greve dos motoristas de Fortaleza

Um alívio para cerca de um milhão de usuários de transportes coletivos. O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou uma audiência no último sábado (23/6) com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) que encerrou a greve dos motoristas de ônibus de Fortaleza que já durava quatro dias.

De acordo com a proposta que foi consensuada, os rodoviários de Fortaleza terão reajuste linear de 8,5%, vale alimentação de valor de R$ 8,00 e cesta básica de R$ 70,00. Não houve consenso em relação ao abono dos dias parados.

Após a intervenção do MPT, o Sindionibus voltou a negociar com o Sintro, já que as conversas estavam suspensas tendo inclusive uma audiência sido marcada para o Tribunal Regional do Trabalho. Após duas horas de conversa, os sindicatos chegaram a um consenso. A audiência foi suspensa para que empresários e empregados fossem ouvidos e no final da tarde do sábado, as partes voltaram a se reunir para assinar a Convenção Coletiva de Trabalho.

O procurador regional do trabalho, Francisco Gérson Marques, mediador ressaltou “na negociação a nossa intervenção, a boa vontade das partes, mas principalmente a atuação do Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) que chegou a um bom acordo”.

Imprimir

Fortaleza é a 3ª capital do país onde mais existem crianças trabalhando

Fortaleza é a 3ª capital do país, analisando os números absolutos, onde mais existem crianças, entre 10 e 14 anos, trabalhando. É o que apontam os dados do Censo 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo um levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). 8.519 meninos e meninas ainda trabalham na capital cearense. Somente São Paulo (com 30.869 crianças trabalhando) e Rio de Janeiro (com 10.989) possuem números absolutos maiores que o de Fortaleza. 12 de junho é o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil.

Imprimir

Caravana contra Trabalho Infantil chega à Maracanaú na segunda-feira (11/6)

Maracanaú, localizada na Região Metropolitana de Fortaleza, recebe na próxima segunda-feira (11/6) a Caravana Cearense contra o Trabalho Infantil. O município é sede da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação 1, que abrange ainda as cidades de Aquiraz, Caucaia, Eusébio, Guaiúba, Itaitinga, Maranguape e Pacatuba. Segundo um levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho(MPT), tendo como base os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Crede 1 existem 3.609 crianças em condições de trabalho.  O destaque negativo é para Caucaia que tem, segundo o Censo, 1.379 meninos e meninas trabalhando.

O MPT em parceria com a Secretaria de Educação do Estado está visitando as sedes das Coordenadorias regionais de Desenvolvimento da Educação (Crede). Maracanaú é a 13º sede de Crede visitada pelo movimento que está sensibilizando e mobilizando a sociedade civil, a fim de obter compromissos dos poderes executivo, legislativo e judiciário para o fortalecimento das políticas públicas de proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, em especial a educação.

O levantamento feito pelo MPT, através do procurador Antonio de Oliveira Lima, aponta que no Ceará existem 58.825 crianças, entre 10 e 14 anos, trabalhando. O município de Deputado Irapuan Pinheiro foi apontado como o de maior índice de crianças nessa condição. Ali, 23,3% das crianças trabalham, segundo os dados do IBGE. Os municípios de Cruz (20,12%), Caririaçu (19,57%), Quiterianópolis (19,05%) e Salitre (18,54%) formam os cinco com maiores índices de trabalho infantil no Estado.

Segundo o levantamento, Fortaleza tem 8.519 crianças naquela faixa etária trabalhando. A capital do Estado receberá a Caravana na próxima terça-feira (12/6), Dia Mundial e Nacional da Luta Contra o Trabalho Infantil.

A fim de combater esse problema social, o MPT lançou nesta terça-feira (5/6) a Campanha “Vamos acabar com o Trabalho Infantil”. O evento contou com a presença dos coordenadores do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Peteca) de várias cidades.

Imprimir

Agências dos Correios que atuam como Banco Postal têm 30 dias para atender normas de segurança

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Banco do Brasil têm 30 dias (a partir da notificação) para contratar vigilância armada e instalar alarme nas agências dos Correios onde funcionar o Banco Postal. Foi o que determinou a juíza do trabalho substituta da 16ª Vara do Trabalho de Fortaleza, Regiane Ferreira de Carvalho, ao conceder tutela antecipada ao Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares no Estado do Ceará (Sintect). O Ministério Público do Trabalho, através do procurador do trabalho Ricardo Araujo Cozer, está atuando como custos legis (fiscal da lei) no processo. Caso não venha a cumprir essas obrigações, os Correios e o Banco do Brasil serão multados em R$ 500,00 por dia. As empresas ainda podem recorrer da decisão.

O pedido de tutela antecipada já havia sido requerido pelo Sintect à Justiça do Trabalho em uma Ação Civil Pública que o sindicato move contra os Correios e o Banco do Brasil.  O Ministério Público do Trabalho opinou pela imediata concessão de tutela antecipada. “É notório o imenso aumento do número de assaltos ocorridos em agências dos correios em razão de passarem a prestar serviços bancários por meio do Banco Postal”, comentou Ricardo Araujo Cozer.  Por exemplo, no último dia 20 de abril, o Banco Postal localizado na agência dos Correios do município de Aratuba(CE) foi assaltado. A quantia não foi revelada, mas mostra um pouco da fragilidade do sistema ao qual os trabalhadores são submetidos.

Entenda o caso

No último dia 16 de maio, o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares ajuizou uma Ação Civil Pública na Justiça do Trabalho contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Banco do Brasil. Segundo os argumentos da entidade laboral, estão crescendo os ataques  às agências que atuam como correspondentes bancários e têm sido colocadas em risco a saúde e a vida dos trabalhadores que ali atuam.

Imprimir