A indignação e a luta contra o trabalho infantil

No que diz respeito ao trabalho infantil, sair do comodismo é exercício primordial e imprescindível. Esta foi a lição que ficou para profissionais de ensino que acompanharam, nesta terça-feira (18), a palestra do procurador do trabalho Rafael Marques, durante abertura das oficinas do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Peteca), na capital. "Devemos sair da letargia, da acomodação. É preciso se indignar, enxergar o trabalho infantil como uma grave violação de direitos", ratificou o coordenador nacional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Coordinfância) do Ministério Público do Trabalho, durante abertura das oficinas de formação do Peteca, na capital cearense.

Rafael Marques citou casos reais de morte entre crianças e adolescentes vítimas de queimaduras, acidentes com máquinas na lavoura e violência sexual. O procurador do trabalho também esclareceu o conceito sobre trabalho infantil doméstico e detalhou as condições para o trabalho de jovens aprendizes. Na abertura do evento, o Secretário de Educação do Município de Fortaleza, Jaime Cavalcante, enfatizou o compromisso pela retomada do Peteca, na capital. "Convocamos todos os profissionais do Ensino Fundamental II a fazer parte dessa iniciativa, que tem trazido resultados tão expressivos para o estado", afirmou.

O evento contou com a participação da Banda Fanfarra, da escola municipal Ismael Pordeus. Durante a programação, haverá palestras sobre aspectos legais, socioeconômicos, históricos e culturais do trabalho infantil, noções básicas sobre os direitos da criança e do adolescente, orientações sobre estágio e aprendizagem profissional e técnicas pedagógicas para abordagem e enfrentamento em sala de aula. Tudo para mobilizar educadores a identificar casos de exploração e sensibilizar crianças em situação de trabalho.

Segundo o procurador-chefe do MPT-CE, Antonio de Oliveira Lima, o diálogo com educadores é o melhor caminho para detectar a exploração do trabalho infantil, uma vez que mais de 90% das crianças e adolescentes que trabalham também estudam. "As oficinas que promovemos buscam a articulação com os professores e demais profissionais ligados à rede de proteção da criança para firmar estratégias de sensibilização", resume. O PETECA abrange hoje 317 mil estudantes em 1.500 escolas cearenses. As oficinas de formação continuam nesta quarta e quinta-feiras, no Museu da Indústria, no Centro da capital.

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