MPT-CE busca estratégias para ampliar projeto de ressocialização
Até o final de 2015, cem pessoas que cumprem pena em regime aberto ou semiaberto, além de egressos do sistema prisional, terão oportunidade de emprego na construção civil, em Fortaleza. Esta é a meta do "Reconstruir", que possibilita a contratação de apenados para o trabalho em canteiros de obras de Fortaleza e Região Metropolitana.
O projeto tem apoio institucional do Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE), que articula construtoras para aderir à iniciativa. "Nosso objetivo, agora, é buscar apoio do governo estadual e prefeituras para ampliar o projeto e incluir futuros beneficiários em empresas de asseio e conservação que prestam serviços aos órgãos públicos", antecipa o procurador-chefe do MPT-CE, Antonio de Oliveira Lima.
O projeto "Reconstruir" faz parte do programa "Um Novo tempo", idealizado pelos juízes titulares da 2ª e 3ª Varas de Execução Penal de Fortaleza. A ressocialização já é realizada hoje para mais de 40 pessoas. Vinte e uma construtoras parceiras da iniciativa foram homenageadas nesta terça-feira (19), durante a entrega do Prêmio de Responsabilidade Social do Poder Judiciário.
A presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargadora Iracema Vale, ressaltou que projetos como esse "fortalecem o compromisso da Justiça cearense para com problemas que afligem a nossa sociedade". Ela também reafirmou o compromisso de trabalhar em prol de um Estado mais justo e igualitário.
Para a juíza Luciana Teixeira, uma das idealizadoras do projeto, questões sociais que envolvem violência não são exclusivas do Estado, mas sim questões de responsabilidade social. "A partir do momento que a gente faz parcerias e envolve outros setores em busca de alternativas, consegue construir soluções para problemas dessa natureza", ressalta.
(contribuição: Assessoria de Comunicação TJ-CE)