Encontro discute estratégias de combate ao trabalho infantil

Acontece nesta segunda e terça-feira, o I Encontro Estadual das Ações Estratégicas Intersetoriais do Peti, no Hotel Oásis Atlântico, em Fortaleza. O evento, que discute a nova fase do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), é promovido pelo Ministério Público do Trabalho no Ceará, Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), junto às Coordenações Estaduais e Municipais do Peti, os Centros de Referência da Assistência Social (Cras), os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), O objetivo do seminário é debater e formular uma proposta para o Plano de Ações Estratégicas a fim de combater o trabalho infantil no campo, na informalidade, no trabalho doméstico e nas atividades ilícitas.

49 dos 65 municípios que apresentaram os maiores índices de trabalho infantil estão presentes no evento
49 dos 65 municípios que apresentaram os maiores índices de trabalho infantil estão presentes no evento

Segundo o Coordenador Geral de Medidas Socioeducativas, representante da Secretaria Nacional de Assistência Social(SNAS), Francisco Antônio de Souza Brito, a nova versão do Peti deverá ser estruturada em cinco eixos de atuação: informação e mobilização, identificação, proteção social, defesa e responsabilização e monitoramento.

A reformulação que será implementada por meio da Agenda Intersetorial do Peti - formada por representantes do governo, dos empregadores, dos trabalhadores e da sociedade civil - inclui desde o planejamento das ações estratégicas até a execução e monitoramento das ações nos municípios, que deverão se estender ao longo de três anos e serão acompanhadas pelos sistemas de monitoramento.

O Ceará foi o primeiro Estado a receber este encontro, que pretende reunir inicialmente os municípios que apresentaram os maiores índices de trabalho infantil. No Ceará foram identificados 65 desses, e representantes de 50 estão presentes ao seminário. “Estas cidades estão recebendo desde junho deste ano recursos adicionais para a efetivação do Peti e assim será feito por três anos. O nosso objetivo com este encontro é apresentar quais tipos de ação podem ser desenvolvidas a fim de atingirmos a meta de erradicas as piores formas de trabalho infantil no Brasil até 2016 e todo tipo desta violação dos direitos humanos até 2020”, comentou Brito.

Em sua explanação, o procurador chefe do MPT no Ceará, Antonio de Oliveira Lima, apresentou como elaborar estratégias de atuação intersetorial para combater o trabalho infantil nos municípios. “Não precisamos de grandes quantidades, mas de uma boa qualidade”, afirmou. Para ele, é necessário trabalhar a sensibilização de agentes comunitários de saúde, por exemplo, para que eles observem situações de trabalho infantil enquanto estiverem visitando as casas e que, principalmente, denunciem quando verificar a violação.

PETI
O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil articula um conjunto de ações para retirar crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos da prática do trabalho precoce, exceto quando na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. O programa compreende transferência de renda – prioritariamente por meio do Programa Bolsa Família –, acompanhamento familiar e oferta de serviços socioassistenciais, atuando de forma articulada com estados e municípios e com a participação da sociedade civil.

Tags: #Trabalho Infantil

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