Prêmio Peteca 2017 reúne mais de 400 produções inscritas

Por meio da arte, alunos da rede pública de 98 municípios pedem o fim do trabalho infantil

Entre 2015 e 2017, houve um crescimento de quase 116% no total de trabalhos inscritos no Prêmio Peteca, inciativa do Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) que hoje mobiliza mais de 366 mil estudantes de escolas públicas da capital e do interior, para conscientização sobre os prejuízos do trabalho precoce. Ao longo do ano, alunos do Ensino Fundamental produziram curtas-metragens, esquetes teatrais, músicas, contos, poesias e desenhos sobre os direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Em especial, os direitos à educação e ao tempo livre para brincar, protegidos de situações de exploração.

Foram inscritos na etapa estadual do Prêmio, este ano, 449 trabalhos artísticos de 98 municípios. Nas próximas semanas, comissões julgadoras formadas por representantes de entidades que atuam em defesa da infância vão se concentrar na avaliação dos trabalhos. Os finalistas de cada categoria farão apresentações – dia 26 de outubro, no Cuca Mondubim – para um júri técnico composto por profissionais do meio artístico e outros convidados. Os melhores trabalhos vão representar o Ceará na etapa nacional, que vai distribuir R$240 mil para os cinco primeiros colocados nas seis categorias. Compartilham o prêmio alunos, professores e coordenadores do programa, na escola e no município.

Peteca

Segundo o IBGE, 80% das crianças e adolescentes que trabalham também estudam. A partir dessa constatação, MPT-CE percebeu que os profissionais de ensino poderiam ser importantes aliados no combate à exploração infanto-juvenil. Assim, em 2008, foi criado o Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Peteca), que capacita educadores para abordar o tema "trabalho Infantil" em sala de aula, com o objetivo de sensibilizar alunos, familiares e a comunidade sobre os danos dessa prática.

Hoje, o Peteca está presente em 1800 escolas públicas do Ceará e mobiliza não só as comunidades escolares, mas também assistentes sociais, conselheiros tutelares e de direitos. Com o fortalecimento da rede de proteção à infância, o estado apresentou redução de 75% dos casos de exploração do trabalho precoce, entre 2009 e 2016. Saiu da 5ª posição entre os recordistas de trabalho infantil e passou a ter o 4° menor índice, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). No entanto, hoje ainda existem cerca de 73 mil crianças e adolescentes em situação de exploração, no Ceará.

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